terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Menino do Pijama Listrado


                                                                                                                                                                                            
Fiquei impressionada com a leveza da narrativa, apesar da história tratar de um período horrendo da história da humanidade...
Bruno é uma criança cativante e esperta para sua tenra idade.
“ ‘Fazendo minhas malas?’ , ele perguntou, repassando rapidamente os eventos dos último dias para avaliar se fora um mal menino ou se dissera em voz alta as palavras que ele sabia não poder dizer e, por isso, estava sendo mandado embora.”
“ ‘Mãe’, ele insistiu. ‘O que está havendo? Estamos de mudança?’ ”
(Página 10)
Bruno se vê obrigado abandonar a casa em Berlim que ele tanto ama e vive a “explorar”, e mudar-se para Haja-Vista, onde fica muito descontente.
“ ‘ Acho que isto foi uma má ideia’, disse Bruno algumas horas depois  de terem chegado, enquanto Maria estava desfazendo suas malas no andar de cima.”
(Página 20)
Mas um dia algo lhe desperta a curiosidade.
Bruno pôs o rosto junto ao vidro e olhou o que estava do lado de fora, e desta vez, quando seus olhos se arregalaram e a boca fez o formato de um O, as mãos ficaram bem juntas ao corpo, porque havia algo que o fez se sentir muito inseguro e com  frio.”
 (Página 25)
A vontade de explorar, saber o que tem do outro lado da cerca, o levou a conhecer Shmuel, um garoto judeu que se tornou seu amigo, fazendo-o gostar daquele lugar.
Porém, um belo dia Bruno recebe o aviso que voltará para Berlim.
Para se despedir de Shmuel resolve partilhar de uma aventura com ele.
O desfecho da história é emocionante e penetrante. Nos faz pensar sobre a dor da perda.
“‘Você é meu melhor amigo, Shmuel’, disse ele. ‘Meu melhor amigo para a vida toda.’”
“...neste instante ouviu-se o alto ruído de todos os que haviam marchado para dentro engolindo em seco, enquanto a porta da frente foi subitamente trancada e um forte barulho metálico ecoou vindo de fora”
 (Página 184)
Assim como a família de Bruno sentiu dor, os muitos judeus e judias também sentiram.
Terminei a leitura com uma pergunta em mente, e ainda não consegui responde-la:
Por que causar dor e perdas?

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